Os brasileiros que desejam ver este país desenvolvido, ser uma potência econômica e tendo o tão almejado assento permanente no Conselho de Segurança da ONU, que não sei se é de tanta importância como apregoam, têm uma árdua batalha pela frente.
O interessante é que tanto a ONU como o Brasil, precisam de mudanças profundas para se livrarem de seus problemas, muito similares.
O organismo multinacional teoricamente encarregado de intermediar e solucionar conflitos de interesses entre os países tem suas regras de funcionamento inalteradas desde sua fundação após a Segunda Grande Guerra, em meados de 1947, e é totalmente dominado pelos países que eram grandes potências na época de sua criação. Estes países detêm poder de veto de qualquer decisão do Conselho de Segurança, e, portanto a ONU só consegue agir quando isto for do interesse desses países, como foi no caso do ataque à Líbia.
Mas voltemos ao caso brasileiro, que à semelhança da ONU, é totalmente dominado por uma pequena parte da sociedade, os políticos e seus partidos, e os integrantes do Poder Judiciário. São grupos que defendem com unhas e dentes seus interesses corporativos, ignorando totalmente os interesses da sociedade brasileira, da qual teoricamente todo o poder é emanado.
Por felicidade, ou por infelicidade, a mudança no Brasil para restituir ao povo as decisões a respeito do futuro deste país, tornando o Governo, isto é, os Três Poderes em suas várias esferas, servidor dos interesses da sociedade, e jamais dos seus próprios interesses é bem mais fácil que a mudança da ONU, que pede apenas uma mudança no equilíbrio de forças do mundo inteiro.
Esta situação do Governo se considerar “dono do país” e não conseguir ver motivo algum para prestar contas de seus atos para a sociedade é que precisa ser mudada, e esta mudança só poderá ser feita por iniciativa da sociedade que deve pressionar de forma intensa e absoluta o Governo, para que o mesmo passe a dar ouvidos á sociedade, o verdadeiro dono do Brasil.
A mudança necessária vai contra os interesses dos grupos dominantes que se apoderaram do poder, e por isso sabemos que deles não receberemos nenhum apoio, muito pelo contrário, vão dificultar ao máximo este movimento da sociedade. Basta tomarmos como exemplo o movimento contra os “Ficha Suja”: todas as instâncias governamentais fazem de conta que aprovam, mas ao mesmo tempo fazem de tudo para adiar a sua aplicação, e a nossa legislação é rica em caminhos legais que os permitem fazer isto, da mesma forma que só vai para a cadeia gente das classes menos favorecidas.
Apesar da Constituição dizer que “todos são iguais perante a lei”, todos sabemos que alguns sempre foram mais iguais que outros. Isto é apenas uma das coisas que precisam ser mudadas.
Esta situação do Estado e da sociedade brasileira é analisada de forma rápida em dois vídeos no You Tube: “Países Pobres e Países Ricos” e “Brasileiros... Caiam na real. Rev.01”, e desta análise pode-se concluir, de imediato, que duas ações se fazem necessárias:
· Conscientizar a sociedade em geral, e cada brasileiro em particular, que é preciso mudar nossas ATITUDES para sermos realmente cidadãos, e iniciar o quanto antes este processo;
· Revisar profundamente a forma como o Estado está estruturado para torná-lo mais eficiente, dando-lhe uma forma mais profissional de agir, com um tamanho condizente com os recursos gerado pela sociedade, e conseqüentemente mais suportável para a esta.
Nota: por Estado entenda-se os três Poderes, o Executivo, o Legislativo e o Judiciário, em todas as suas esferas de atuação, municipal, estadual e federal.
O complicado desta situação é que estamos frente a algo semelhante à história do ovo e da galinha: quem veio primeiro? Cada um dos problemas depende do outro, e vice versa.
Podemos apenas dizer que ambos os problemas têm origem na época de colonização do país, e vieram se agravando ao longo dos tempos como conseqüência das várias fases pelas quais passou o país. Estas fases vão desde o tempo da vinda de grandes levas de imigrantes que vieram de todos os cantos deste planeta à busca de mundo novo cheio de oportunidades de crescimento ou fugindo dos horrores das guerras, até os vários períodos de governos autocráticos populistas, repressivos e castradores, e os de ditadura militar.
Como conseqüência das imigrações, temos um povo muito heterogêneo, individualista, egocêntrico, pouco patriota, exceto quando a “pátria coloca chuteiras”, que além de tudo isto passou desde os anos sessenta por um processo acentuado e contínuo de degradação do sistema de educação como um todo.
Há exceções, mas em geral o brasileiro é uma pessoa praticamente analfabeta, de pouca instrução, com capacidade de discernimento muito reduzida, principalmente no campo da política eleitoral e da cidadania.
Se não bastasse, o país ainda esta engatinhando, tentando a duras penas construir um Estado Democrático, mas devido às características da própria sociedade, sofre com as atitudes dos políticos e seus partidos, e outros setores da sociedade que dominam o país, que usam o poder em benefício próprio, ou dos grupos que representam, e evidentemente não são a favor de nenhuma mudança que lhes tire da posição privilegiada que detêm. Como um bom exemplo desta dificuldade, voltamos a citar o “Movimento Ficha Limpa” que surgiu no seio da sociedade, e apesar das oposições a ele consegui produzir uma lei, mas todos sabem que esta lei ainda sofre grandes restrições e até hoje não podemos dizer que a mesma esta em seu pleno vigor: será que candidatos “Ficha Suja” poderão ser eleitos em 2012?
De tempos em tempos somos brindados com decisões inesperadas, e nem sempre compreensíveis do STF, mas esperemos com tranqüilidade uma decisão final do próprio STF favorável ao anseio popular de só poderem ser eleitos os “Ficha Limpa”, e que esta decisão seja tomada o mais breve possível.
Será que é ser otimista em demasia? Talvez sim.
Este quadro indica claramente a necessidade de mudanças, e logo, antes que a solução seja muito dolorida para todos.
Portanto instigo todos, e cada um em particular a:
· Pensar a respeito deste assunto,
· Se conscientizar dos problemas,
· Procurar se manifestar de algum modo, a favor ou contra, mas não se omitir,
· Procurar se organizar para defender seus interesses,
· Assumir sua condição de responsável pelo futuro deste país.
O caminho que temos pela frente é longo, bastante complicado e difícil, mas enquanto alguns se debruçam na tarefa de definir uma estratégia e listar as mudanças necessárias e a prioridade relativa entre elas, para apresentarem à sociedade, todos devem se preocupar em disseminar, cada um ao seu jeito, os VALORES que regem as ATITUDES da maioria da população dos países desenvolvidos, conforme os links de vídeos no YouTube:
Estou aberto a receber críticas e sugestões: usem a facilidade de “Postar um comentário” ou enviem uma postagem.
A minha intenção é criar um grupo de pessoas com objetivos comuns de melhorar este país.
É apenas um início...
Aguardo ansiosamente a adesão de outros a esta causa.